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A importância da Confissão

O pecado engana: ele pode parecer legal no momento, afinal que nunca se safou com aquela “mentirinha besta”? Mas na verdade, pecar é uma palavra, um ato ou um desejo oposto às leis de Deus; É uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo […] (cf. CIC 1849). Vale lembrar que a conversão traz consigo, o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, e é desta forma que o Sacramento da Penitência e da Reconciliação é representado e se cumpre na liturgia.
Pensando nisso, nós tivemos um bate-papo com o Padre Welbert de Oliveira, Capelão Militar do Exército Brasileiro, e ele nos ajudou a esclarecer dúvidas recorrentes entre os jovens, sobre o famigerado sacramento da Reconciliação.

 

  1. O que eu devo fazer se sinto vergonha de me confessar?

Todos os sacramentos são um encontro com cristo, a confissão favorece esse tipo especial de encontro. Lembre-se: Cristo é nosso amigo, ele é um bom pastor que nos acolhe; “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em plenitude” (Jo 10,10). Portanto, não precisamos ter medo, nem sentir vergonha, afinal o confessor, o sacerdote, bispo ou padre, estão ali em persona christi, eles são o cristo pra nós, porque o sacramento exige que nós façamos uma experiência, a experiência se dá a partir de um dos sentidos. Dessa forma, ao ver o sacerdote, sentir o abraço dele, o aperto de mão, o seu olhar, a sua palavra, temos que ter em mente que nesse momento é o próprio Cristo que se dirige a nós, com o coração misericordioso para nos perdoar. Portanto não precisamos ter vergonha pois estamos nos aproximamos de um amigo que é Jesus Cristo.
  1. Porque temos que nos confessar diretamente com um padre?

Bem, foi instituído pelo próprio Jesus após a sua ressurreição; na sua primeira aparição, os discípulos estavam trancados entre quatro paredes, como os judeus estavam com medo, Jesus entra lhes desejando a paz, e soprando sobre eles diz: “Recebei o espírito santo, os pecados que vocês perdoarem serão perdoados. Os pecados que vocês não perdoarem, ficaram retidos” (Jo 20). Portanto, a instituição do sacramento se deu ao próprio Cristo e está instituição ela tem em vista que o sacerdote faça está mediação, é como se ele fosse uma ponte que nos liga a Jesus. Sozinhos nós não o alcançaríamos, nós temos um abismo intransponível. O sacerdote fazendo essa mediação, faz com que essa ponte que leva o penitente ao Cristo que é a fonte da misericórdia e do perdão.

 

  1. Como se preparar para uma boa confissão?

Precisamos considerar que a confissão tem todo um ritual. Por exemplo, quando vamos a Santa Missa, ela consta de duas grandes liturgias: a Liturgia da Palavra, da qual nós nos alimentamos e a Liturgia Eucarística. Assim, o sacramento da confissão é a precisão de um ritual, uma liturgia. Nós podemos pensar na preparação do sacramento que verdadeiramente constitui diligente exame de consciência. Como vamos fazer esse exame? Hoje, na internet, temos vários roteiros de questionamentos e perguntas que nos ajudam a refletir sobre nossos pecados. Sobretudo, assim, a luz da palavra de Deus, nós fazemos esse exame de consciência. O segundo passo é a confissão propriamente dita, a acusação dos próprios pecados. O penitente se aproxima do confessor, do sacerdote e acusa seus pecados sem nenhum constrangimentos. Então, esse ritual precisa ser vivenciado, a preparação com o exame, a acusação dos próprios pecados e, logo, o sacerdote vai impor uma penitência. A penitência está em vista na reparação do dano cometido que nos ajuda ser pessoas melhores, ela tem a ver com melhorar, mudar de vida. E, por fim, a absolvição, a atual legislação da igreja prevê que o sacerdote tem a autoridade do sumo pontífice para a absolvição de todos os pecados.
  1. A confissão também é um momento de desabafo?

Nessa questão seria interessante fazer uma distinção entre confissão e direção espiritual:
Para uma confissão, é necessário que aja uma matéria de pecado. Segundo o catecismo, nós temos o pecado grave e o pecado venial; O pecado grave, são os pecados que estão previstos nos 10 mandamentos. Já os pecados veniais são “menos graves”, e podem ser perdoados no ato penitencial, durante a Santa missa, consentido pelo arrependimento.
A direção espiritual está invista de um processo de um discernimento vocacional, pois quando temos dúvidas sobre seguir a vida religiosa ou algo parecido, o correto é procurar um diretor espiritual. Além Do sacerdote, essa direção também pode ser feita por um fiel leigo (amadurecido na fé), ou por um consagrado na vida religiosa. Desta forma, ressalto a importância de saber distinguir entre aconselhamento, direção espiritual e confissão.

 “Gostaria de vos perguntar — mas não o digais em voz alta; cada um responda no seu coração: quando foi a última vez que te confessaste? Cada um pense nisto… Há dois dias, duas semanas, dois anos, vinte anos, quarenta anos? Cada um faça as contas, mas cada um diga: quando foi a última vez que me confessei? E se já passou muito tempo, não perca nem sequer um dia; vai, que o sacerdote será bom contigo. É Jesus que está ali presente, e é mais bondoso que os sacerdotes, Jesus receber-te-á com muito amor. Sê corajoso e vai confessar-te!”
Papa Francisco

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